terça-feira, 10 de maio de 2011
Sensação: tamanho ervilha
Porque existem pessoas/situações que nos fazem sentir tão pequenos mas tão pequenos, minúsculos. Hoje foi um desses momentos.
Na mesma paragem de autocarro em que entrei, estava um rapaz de cadeiras de rodas para tentar entrar.
O condutor teve de o ir ajudar, pegou na cadeira e ele conseguiu com uma das perna subir aquele que para nós é um pequeno degrau mas que para ele, deve ter sido enorme.
Ficou à minha frente. Tentava-se segurar aos ferros do autocarro. Nas curvas a cadeira travada mexia-se e ele tinha de fazer força com os braços cansados para se segurar.
Numa curva mais apertada, o rapaz ao meu lado tinha de colocar o pé na cadeira para o ajudar a segurar-se.
Durante toda a viagem o meu coração estava nervoso, tal como eu. Com receio de que numa curva mais longa e apertada ele não se conseguisse segurar. Ao longo do caminho, fui sempre pensado do quanto somos ridículos quando nos queixamos de pequenos males nas nossas vidas, de que o tempo não está como queremos bla bla bla.
Estas pessoas é que se deveriam queixar, e não o fazem, lutam. No entanto, aos meus olhos, são verdadeiras forças de coragem, de luta e de esperança, heróis.
Lutam todos os dias para saírem de casa, para tentarem uma nova etapa, reúnem forças contra os olhares reprovadores, contra a indiferença.
Hoje esta pessoa, de quem nem sei o nome, a idade, profissão (de quem não sei nada), marcou-me o dia.
Ficou-me na ideia e no coração a sua cara, a sua luta, o seu esforço constante dia-a-dia, por coisas que para nós são banais, como uma viagem de transporte público.
Obrigada, por me fazerem sentir assim, por ter vontade de chorar por elas, pela dor que me causam e pela vergonha que senti, por me queixar de insignificâncias.
Foste hoje o meu herói, rapaz!
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Tolerância de Ponto: Sim ou Não?
Uma das questões com que temos sido bombardeados por estes dias, é a tolerância de ponto concedida aos funcionários públicos na tarde de quinta-feira.
Primeiramente, esta não é nenhuma novidade. Sendo correcto ou não, sempre se concedeu este privilégio. Ou seja, não transformem isto em algo novo que apareceu no pior momento.
Ouvi os representantes dos vários partidos assim como do Governo. Os que não estão no Governo não se demonstrem super constrangidos e em desacordo com esta decisão, porque, como já referi, ela sempre foi tomada e quando vocês lá estiveram representados ou noutros anos, nunca se queixaram.
Actualmente existem comentadores televisivos para tudo. Esta questão não poderia ser excepção.
Num programa na RTPN na quinta-feira à tarde, com a participação directa dos telespectadores (via telefone ou e-mail), ouvi um funcionário público alegar que o mais grave de tudo isto é que nos locais em que se concedeu tolerância as pessoas são obrigadas a irem para casa. Se quiserem, não podem ficar a trabalhar.
Foi aqui que perdi a minha paciência. Não me tentem fazer de parva, nem a mim nem às restantes pessoas. Querem lá ver agora que eu acredito que em alguns locais existiam diligentes funcionários públicos que ficaram extremamente aborrecidos por não trabalharem à tarde??
Usufruo de imensos serviços públicos, desde hospitais, faculdade, câmara municipal, bibliotecas, transportes públicos etc etc. Peço imensa desculpa se estou a generalizar ou se são por coincidência a maior parte, maus serviços, mas são poucos os funcionários que são competentes. Em 5 há 1 ou no máximo 2.
Desde faltas de respeito, mau atendimento, fraca prestação de serviços, pura e simples malandrice, sou mal atendida e servida.
Resumindo, em todos estes locais, não imagino nenhum funcionário a querer passar a tarde a trabalhar.
Se o quisessem deveriam fazê-lo durante todo o ano, quando fazem pouco ou nada.
Sei que é injusto para funcionários competentes esta minha crítica, porém os primeiros são em reduzido número logo se vamos a um serviço e somos extremamente mal atendidos, é natural que generalizemos desta forma.
Certos locais optaram por não conceder tolerância de ponto, câmaras municipais e afins, sei também, por conhecimento próprio que sempre o tinham feito ao longo dos anos (o presidente é o mesmo) sei também que o dinheiro que pouparam (ou não) neste dia é sempre gasto de outras formas absurdas, desde jantares para os funcionários etc etc.
O que quero dizer com tudo isto é que as pessoas em geral não se devem "armar" em "santas trabalhadoras" só porque andam descontentes com o país, quando nunca o foram.
Outra das opiniões que ouvi no referido programa é que além desta tarde se vão perder muitos mais dias. Isto porque, dizia um senhor, "Na quinta-feira de manhã já andam a pensar onde vão almoçar e a olhar para o relógio para ver quando o está na hora de irem embora. Na terça ou na quarta quando começarem a trabalhar vão estar metade do dia a falarem de como foi a Páscoa de cada um e o restante a olharem para o relógio para o dia terminar".
Poupem-me, mais uma vez a minha paciência. Desde quando é que, se isso não interferir no trabalho, eu não posso pensar onde vou almoçar ou quanto tempo falta para o meu dia terminar?? Os alunos estão nas aulas impacientes para que estas acabem e olham para o relógio vezes sem conta. Mesmo as pessoas que têm a melhor profissão do mundo, estão desejosas que o dia de trabalho acabe. Claro que isto só deve acontecer se a produtividade não for afectada, não posso parar o que estou a fazer só para pensar nestas questões.
Não obstante, o trabalho é um sacrifício, sempre foi assim encarado. Pode ser interessante, podemos estar a trabalhar na área que mais queríamos que vamos estar sempre desejosos que o dia termine e que cheguem as férias.
Questão principal no meio disto tudo, estamos em plena avaliação pelo FMI da nossa situação económica, estamos a tentar pedir dinheiro de "mão estendida" por estarmos de corda ao pescoço...quando alguém vai pedir um empréstimo ao banco, marca uma entrevista com o gerente, convêm que chegue a horas, que tenha uma imagem cuidada, em suma, que "pareça bem" para que lhe dê o crédito.
É nesse ponto que reside o nosso problema, se queremos ajuda, deveríamos mostrar algum cuidado, competência, rigor, trabalho e produtividade. Estes senhores (que espero que nos vão realmente ajudar), deveriam pensar, a meu ver assim "Portugal tem-se demonstrado um país competente e dedicado em ajudar a conseguir o que pretende. Era tradição a tolerância de ponto na quinta-feira à tarde, e este ano, pela crise e pelas dificuldades, não o fez".
Era exactamente isto que deveríamos ter feito e não esta imagem de malandrões que passamos sempre.
Mais grave que tudo isto, neste mesmo programa fiquei a saber que na quarta-feira o senhor ministro das finanças atreveu-se a chegar 30 minutos atrasado a uma reunião com os senhores do FMI. Para mim, isto incomoda-me muito mais do que a tolerância de ponto. Então mas este incompetente, um dos vários responsáveis por esta crise, dá-se a esta falta de respeito? Onde está o exemplo de competência e rigor? Não deveria agora que estamos nesta situação ser o mais diligente possível para a resolver? Vergonhoso.
Em suma, ontem era escusada aquela tarde sendo que hoje é feriado e na segunda-feira também, mas era escusada não por demagogias de um lado e de outro mas porque temos de ser correctos numa situação como aquela que nos encontramos. É o mínimo que podemos fazer, já que nas nossas mãos não está o controlo das finanças deste Portugal.
segunda-feira, 28 de março de 2011
Bolo de Fécula de Batata
Uma receita, vários bolos.
Ingredientes para o bolo:
6 ovos
250 gr de açúcar
100 gr de fécula de batata
1 colher e meia (de sopa) de farinha
1 colher de chá de fermento
sumo de metade de um limão pequeno
Preparação: separam-se as gemas das claras. Batem-se as primeiras com o açúcar, junta-se a farinha - que já deve conter previamente o fermento - seguidamente a fécula de batata e por fim o sumo do limão. Fazem-se as claras em castelo e sem mexer apressadamente, vão se incorporando aos poucos no preparado anterior.
Vai ao forno em forma untada com vaqueiro e farinha.
Fica um bolo muito fofo e saboroso. Contudo, não deve cozer demasiado para não ficar muito seco.
Penso que por ter a fécula, quando se retira do forno ele começa a encolher e a ficar mais pequeno, assim sendo quem quiser um bolo maior deverá ou dobrar a receita ou fazer outro.
Ingredientes para o recheio:
3 gemas
150 gr de açúcar
3 colheres de sopa de maizena
1/2 de leite
morangos ou outra fruta que desejarem (pêssego em calda, kiwi)
1 pacote de natas (uso longa vida porque são as únicas que consigo que fiquem rijas para a cobertura)
açúcar q.b
chocolate em barra raspado (opcional)
Preparação: junta-se o leite com o açúcar e a maizena num tacho, mexe-se muito bem e vai ao lume, sempre a mexer, até ficar espesso (ou com a consistência desejada), acrescentam-se as gemas.
Eu fiz dois bolos, assim coloquei um no prato que pretendia, por cima espalhei o creme anterior e por cima deste os morangos fatiados e ainda nestes mais um pouco do preparado referido. Posteriormente o outro bolo em cima deste. Barrei todo o bolo final o creme e voltei a pôr morangos em toda a superfície superior do bolo. Por último bati as natas com o açúcar até ficarem firmes, cobre-se todo o bolo com elas. Por último e como forma de decoração, pus só uma volta de morangos e no meio chocolate em barra raspado.
Espero que gostem!
Tal como vos referi, esta receita permite fazer vários bolos. Outra das minhas sugestões é que se barre um bolo (só uma receita) com o creme e se encha toda a parte de cima deste com fruta variada. Podem fazer um só de frutos vermelhos, com morangos, amoras, framboesas, mirtilos etc, todos ao natural. Vão conseguir um bolo extremamente fresco e com uma decoração fantástica. Assim como veê na imagem seguinte
Podem também simplesmente fazer só um bolo, o creme habitual e morangos por cima deste, do género, coroa de morangos ou de outros frutos, como na imagem.
Em vez do creme podem ser utilizadas em todos os passos, natas.
Ou seja, basta um pouco de imaginação e com uma receita tão simples, pode-se fazer tanto.
A primeira e última imagem são minhas e do bolo que eu fiz, a segunda é retirada da net, só para terem uma ideia do que me estava a referir
Receita inspirada em: aguanaboca-sarita.blogspot.com/2007/12/bolo-colcho-de-noiva
sábado, 22 de janeiro de 2011
Bolo de Cenoura com Cobertura de Chocolate
Mais um bolinho. Depois de tanto tempo afastada da cozinha por causa dos exames, este tempinho que tive, aproveitei logo para dar uso ao forno.
Ingredientes:
250gr de cenoura
2 chávenas de açúcar
2 chávenas de farinha
1 colher de sobremesa de fermento
1 chávena de óleo
4 ovos
Preparação: pesei duas cenouras médias (300gr), descasquei-as, cortei em pedaços pequenos e coloquei a cozer.
Entretanto juntei os ovos e o açúcar, o óleo e de seguida a farinha (já com o fermento).
Escorri a cenoura e voltei a colocar na balança, claro que depois de cozidas já estavam com as 250gr, envolvi os bocadinhos num pano para ficarem bem secas. Posteriormente coloquei-as num recipiente e passei-as com a varinha mágica. Juntei este preparado ao anterior e mexi muito bem.
Untei um tabuleiro (forma sem buraco) com vaqueiro e farinha e pus-lhe a massa.
Vai ao forno cerca de 20 minutos, devendo ver-se se já está cozido com um palito.
Ingredientes para o chocolate:
50gr de vaqueiro
6 colheres de sopa de chocolate em pó
2 colheres de sopa de leite
2 colheres de sopa de açúcar
Preparação: juntar todos os ingredientes num tacho, ir ao lume até ficar tudo homogéneo.
Colocar por cima do bolo depois de este ter sido desenformado e ainda estar quente.
Podem até cortar aos cubinhos e servirem assim.
Espero que gostem, bom apetite :)
Etiquetas:
bolo de cenoura com cobertura de chocolate,
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